No imaginário mítico de Fernando de Noronha, muitas
histórias são contadas para explicar o surgimento da ilha e sua natureza. Um dos enredos mais famosos relatados pelos moradores e historiadores da ilha é a
“Lenda do Pecado”. Conta a estória que há muitos e muitos anos, Noronha foi moradia de gigantescos habitantes, dentre os quais, um casal foi
condenado a ter seus órgãos petrificados caso levassem a frente o
relacionamento. Sabe aquela moral da história romântica onde o amor está acima
de tudo? Foi isso que aconteceu!
Os dois se apaixonaram e sofreram a
consequência da condenação da lenda do pecado: tiveram decepados seus órgãos
genitais e estes foram petrificados e expostos até hoje à vista de todos os
ilhéus e visitantes. “[...] os
seios da mulher foram extirpados e colocados em uma praia [Cacimba do Padre] e o falo do pecador exposto no ponto mais alto
da ilha [Morro do Pico]", conta
o jornalista Waldemir Maia Leite em um texto publicado no Jornal Diário de
Pernambuco em 20.10.1985. (Os termos falo e fálus (do grego
phallós, através do latim phallus), usualmente, remetem à simbologia dada às
representações da imagem de um pênis ereto.)
O curioso é a permanência do fator lúdico nesta lenda. Hoje em dia o Pico assumiu a narrativa da virilidade masculina e os morros, ganharam o nome de “os seios de Fafá de Belém”, nome de uma famosa cantora brasileira que possui grandes seios. Por isso, é muito comum ouvir entre os moradores da ilha alguma brincadeira que faça referência a esta lenda.
(Rochedos Dois Irmãos - praias do Bode e Cacimba do Padre)
(Morro do Pico - Praia da Conceição)
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