A ILHA

O Arquipélago de Fernando de Noronha é formado por vinte e uma ilhas, numa extensão de 26 km², tendo uma principal - a maior de todas também chamada "Fernando de Noronha" -, como única ilha habitada. As demais estão contidas na área do Parque Nacional Marinho e são desabitadas, só podendo ser visitadas com licença oficial do IBAMA.

A ilha principal, possui 17 km², com cerca de 10 km de comprimento e 3,5 km de largura máxima. Seu perímetro é de, aproximadamente, 60 km. É acidentada, com diversas elevações, destacando-se o Morro do Pico, com 323 m de altura; o Morro do Espinhaço, com 223 m; o Morro do Francês, com 195 m; o Alto da Bandeira, com 160 m; o Morro do Curral, com 126 m; e o Morro de Sto. Antônio, com 105 m.

ILHA PRINCIPAL

Nesta ilha estão os sítios históricos (Vila dos Remédios, Vila da Quixaba, ruínas dos Fortes de São Pedro do Boldró, de Sto. Antonio, de N.Sª da Conceição e Parque de Sant'Ana), as vilas residenciais de civis, a vila do Departamento de Proteção ao Vôo da Aeronáutica, o Aeroporto, a Creche, a Escola, o Hospital, a Usina Elétrica Tubarão, a Usina de Tratamento d'água Piraúna, a Usina de Dessalinização, a Usina de Tratamento de Lixo e os serviços de Telefonia.

Parte dessa ilha é Parque Nacional Marinho desde 1988, havendo uma divisão espacial identificada como Área de Proteção Ambiental - APA, com aproximadamente 08 km², e Área do PARNAMAR / FN, com 112,7 Km², incluindo-se aqui a parte marítima, até onde o mar tiver 50 m de profundidade (isóbata). Ao redor dessa ilha maior, outras pequenas ilhas, rochedos e ilhotas compõem o cenário decantado por estudiosos e trovadores. São as ILHAS SECUNDÁRIAS, sabendo-se hoje que todas essas ilhas estiveram ligadas, formando um só bloco, separado ao longo de milhões de anos devido à erosão marinha. Clique nos links abaixo para conhecer cada uma dessas ilhas.

Segue o mapa da Ilha Principal:


ILHAS SECUNDÁRIAS

1.       Ilha Rata
2.       Ilha do Meio
3.       Ilha Rasa
4.       Ilha de São José
5.       Ilha do Cuscuz
6.       Ilha de Lucena
7.       Ilha do Chapéu do Nordeste
8.       Ilha Cabeluda
9.       Ilha do Chapéu do Sueste
10.   Ilha dos Ovos
11.   Ilha Trinta-Réis
12.   Ilhota da Conceição ou do Morro de Fora
13.   Rochedo Sela Gineta
14.   Rochedo Dois Irmãos
15.   Rochedo da Ilha do Frade
16.   Rochedo próximo à Ilha dos Ovos, no mar-de-fora
17.   Rochedo situado próximo à Ponta das Caracas e à Baia Sueste
18.   Rochedo do Morro do Leão
19.   Rochedo do Morro da Viuvinha
20.   Rochedos das Pedras Secas

OBS.: Saiba mais na página sobre "Praias" no nosso blog e confira informações detalhadas sobre todas as ilhas do arquipélago e de todas as praias que compões este sonho natural.

Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noronha também reserva outras surpresas para os turistas. São 500 anos de história, que tornam o Arquipélago, além de um Patrimônio Natural, um verdadeiro Patrimônio Histórico que merece ser visitado e, sobretudo, preservado. Conheça, nesta seção, um pouco mais sobre as histórias de Fernando de Noronha, desde o seu descobrimento até hoje.

Conheça a história

A ocupação de Fernando de Noronha é quase tão antiga quanto a do continente. Em decorrência da sua posição geográfica, o arquipélago foi uma das primeiras terras localizadas no Novo Mundo, registrada em carta náutica no ano de 1500 pelo cartógrafo espanhol Juan de La Cosa e em 1502 pelo português Alberto Cantino, neste com o nome "Quaresma".

Sua descoberta, em 1503, é atribuida ao navegador Américo Vespúcio, participante da segunda expedição exploratória às costas brasileiras, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão de Loronha, cristão novo, arrendatário de extração de Pau-Brasil.

"O paraíso é aqui", disse Vespúcio quando abordou aquela ilha deserta em l0 de agosto de 1503, logo após o naufrágio da principal nau das seis que compunham a expedição. A carta que escreveu, a LETTERA, é o primeiro documento relativo à Ilha, a qual chamava de São Lourenço, fala de "infinitas águas e infinitas árvores; aves muito mansas, que vinham comer às mãos; um boníssimo porto que foi bom para toda a tripulação". Em decorrência da descoberta, em 1504, foi doada a Fernão de Loronha, que havia financiado a expedição. Foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil, porém jamais ocupada pelo seu donatário.

Invasões estrangeiras

Abandonada por mais de dois séculos e situada na rota das grandes navegações, foi abordada por muitos povos, sendo ocupada temporariamente no século XVII por holandeses (que a chamaram "Pavônia") e no século XVIII por franceses (que a rebatizaram de "Ile Delphine").

Esse ponto vulnerável a invasões motivou a definitiva ocupação por Portugal, através da Capitania de Pernambuco, a partir de 1737, sendo construído o sistema defensivo com dez fortificações - "o maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil" -, dentre os quais a Fortaleza de N.Sª dos Remédios. A maioria desses fortes estão de pé ainda hoje e dos demais restam evidências arqueológicas.

Na mesma época, o Arquipélago transformava-se num Presídio Comum, para presos condenados a longas penas. Foram esses presidiários a mão-de-obra que ergueu todo o patrimônio edificado e o sistema viário que interliga vilas e fortes. O cruel regime possuía até mesmo solitárias e leitos de pedra, nos quais o prisioneiro mal podia se virar de lado.Por medida disciplinar, a fim de evitarem-se fugas e esconderijos de presos, desde essa época a vegetação original foi sendo derrubada, alterando o clima do arquipélago. Por essa razão, somente em alguns locais da ilha pode ser vista um pouco da cobertura vegetal original, como na Ponta da Sapata, na encosta do Morro do Pico e nos mirantes do Sancho, Baía dos Golfinhos e Praia do Leão.

Interesse Científico

Cientistas ilustres visitaram o arquipélago em diversas épocas, como o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução das Espécies, em 1832. Todos foram atraídos pela sua grande biodiversidade e levantaram dados sobre o meio ambiente, descrevendo-o em trabalhos memoráveis. Também no século XIX, artistas como os franceses Debret e Laissaily registraram em tela a ocupação humana.

Período Militar

Em 1938 o Arquipélago foi cedido à União, para a instalação de um Presídio Político. Em 1942, durante a II Guerra Mundial, criava-se o Território Federal Militar, juntamente com o Destacamento Misto de Guerra e a aliança com a Marinha norte-americana, que instalou na ilha uma Base de Apoio, com cerca de 300 homens.

Nesse período, uma superpopulação de mais de 3.000 expedicionários condicionaram a construção de casas pré-moldadas, para abrigá-los. De 1942 a 1988, a ilha foi administrada por militares: Exército, até 1981; Aeronáutica, até 1986; e EMFA, até 1987. Ainda território federal passou para o MINTER, tendo o seu único Governador Civil. Nesse período, entre 1957 e 1965, houve uma nova presença americana, no Posto de Observação de Mísseis Teleguiados.

Em 1988, por força da Constituinte, foi reintegrado ao Estado de Pernambuco, sendo hoje um Distrito Estadual. Também em 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho, coexistindo, no espaço de 26 km², o PARNAMAR/FN e a Área de Proteção Ambiental estadual.

Em 13 de dezembro de 2001, a UNESCO considerou o arquipélago SÍTIO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL, tendo o diploma sido entregue em 27 de dezembro de 2002. Em 2003, comemorou-se 500 anos da entrada de Fernando de Noronha na história dos homens. 500 anos da sua primeira abordagem, de sua descrição, por um dos maiores navegadores da história, Américo Vespúcio.

FONTE: http://www.noronha.pe.gov.br/




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